Vários coletivos e organizações em Coimbra, Lisboa e Porto organizaram dia 15 de Março concentrações em apoio a Afrin, contra Erdogan, o Estado Turco, e a cumplicidade da UE, Alemanha e NATO Desde 18 de Janeiro de 2018, o cantão curdo de Afrin é bombardeado pelo Exército do Estado Turco de Erdogan. As ocupações de vilas e os ataques a alvos civis demonstram bem o seu interesse em aniquilar o povo curdo que vive naquela região. Actuando sobre o pretexto de estar a intervir para eliminar grupos terroristas, o Ditador Turco, apoiado pela extrema direita, tenta esmagar a autonomia que os Curdos conquistaram nas suas lutas contra o Estado Islâmico.
Ironicamente, a Turquia tem como aliados os grupos jihadistas FSA e a muito conhecida, Al-Qaeda. Erdogan e o seu Estado são responsáveis pelo dizimar de várias aldeias curdas, tendo apenas neste ataque já morrido mais de 400 civis. Qualquer civil que tente abandonar a zona de guerra é perseguido pelo exército de Erdogan. O Estado Turco cortou no dia 9 de março o acesso a água a Afrin, estando neste momento milhares de pessoas dentro de um cerco genocida. O carácter terrorista de Erdogan expressou-se ainda através do uso de armas químicas, incluindo Napalm, violando a lei internacional mais uma vez. Mas não é só Erdogan o responsável dos crimes contra a humanidade aqui enumerados. São também responsáveis o Estado Português, os Estados da União Europeia, os órgãos da mesma, a NATO, o silêncio da ONU e seus Estados integrantes, o silêncio dos média em Portugal e no mundo. São também responsáveis as empresas e bancos que financiam e disponibilizam a venda e compra de material bélico para o Exército Turco, e o Estado Alemão, que além de permitir e incentivar, ainda censura o movimento curdo. Em Portugal, algumas das empresas e bancos responsáveis: - Allianz (financia a indústria bélica) - BNP Paribas (financia a indústria bélica) - Deutsche Bank (financia a indústria bélica) - Empresa de Desenvolvimento Mineiro (tem acordos com a indústria mineira turca ESAN e explora trabalhadores em Aljustrel) Por isso dizemos que já basta, por isso damos a nossa voz a Afrin! Biji Berxwadana Efrine! Fim do apoio ao terrorista Erdogan!
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Nas últimas semanas o Estado Espanhol voltou a evidenciar o seu carácter fundamentalmente repressor e fascista, tendo diversos músicos sido condenados a penas de prisão e multas, por insultos à monarquia e exaltação do terrorismo, outras pessoas acusadas e sentenciadas por frases escritas no Twitter e Facebook, e a censura de uma exposição sobre presos políticos na maior feira de arte de Madrid.
Desde a aprovação da Ley Mordaza em 2013, o Estado Espanhol tem vivido um estado de exceção não-declarado, onde a mera expressão de opinião crítica ao regime tem como consequência graves penas, tendo assim o intuito de estender um clima de medo numa sociedade onde os movimentos sociais e a organização de base têm experienciado uma forte adesão nos últimos anos. Foi até criada uma rede por parte da Polícia Nacional Espanhola chamada “Stop Radicalismos”, renovada recentemente, que incentiva a denúncia aleatória de qualquer pessoa por motivos ideológicos ao melhor estilo de um regime totalitário. Desde a instauração da democracia este estado de exceção era já uma situação quotidiana em regiões como o País Basco onde, devido ao contexto de conflito histórico, a transição democrática nunca escondeu a continuação de um projeto de Estado centralizado, imperialista e fortemente repressivo. Esta tendência de aumento e normalização da repressão não é exclusiva ao Estado Espanhol, sendo que em França o estado de emergência justificado pelos atentados de 2015 tornou-se permanente com a nova lei antiterrorista do governo de Macron. A perseguição que habitualmente era aplicada a grupos minoritários de dissidência política, como por exemplo: anarquistas, independentistas, ou qualquer outro tipo de militante ou ativista social, generaliza-se como algo quotidiano que afeta todos e todas e aqueles e aquelas que se atrevem a tornar público um pensamento que põe em causa as bases do sistema capitalista, denuncia as suas estruturas opressivas e se arrisca a propor novas formas de organização social. Estas situações demonstram que esta democracia (que enche a boca a tantos defensores da liberdade de expressão) e ditadura são as duas face de uma mesma moeda, que se alternam de maneira a perpetuar um sistema de domínio, o capitalismo, cujo único objectivo é a reprodução de si mesmo. Contra toda a vossa polícia, os vossos juízes, os vossos media, seremos sempre ingovernáveis! A RELL é uma organização de tendência estudantil, de carácter popular, classista, combativo, horizontal e autónomo que visa participar da construção do movimento estudantil que responda e resista aos ataques que os e as estudantes têm sofrido. Unimo-nos na construção de um espaço próprio para mulheres, a RELL-Mulher onde podemos discutir abertamente os problemas que afetam a nossa comunidade, bem como lutar pelos nossos direitos.
O Feminismo foi cooptado pelo capitalismo e o liberalismo - o primeiro mercantilizando-o e o segundo diluindo-o e tornando-o superficial, de modo que a corrente mais amplamente aceite não questiona nem procura destruir o patriarcado de raíz. Assim, nada faz para a maioria das mulheres, que se encontram em situações precárias. As mulheres sempre tiveram um papel fulcral e combativo nas diversas lutas, especialmente na luta de classes. O lugar da mulher é na luta! O Dia Internacional da Mulher não é uma data para celebrarmos enquanto o assédio, abuso e violência contra a mulher for normalizado, enquanto vítimas forem acusadas, enquanto o sexismo continuar a ser corrente em todos os aspetos da sociedade, enquanto as possibilidades de vida de uma criança forem delineadas a partir da sua nascença pelo mero facto dela ter nascido mulher, enquanto a prostituição existir, enquanto a mulher trabalhar desproporcionalmente (tanto fora como dentro de casa), enquanto mulheres proletárias, imigrantes, negras, lésbicas e demais carregarem o peso somado das diferentes opressões que sofrem, o Dia da Mulher não é caso de celebração. Desde o seu início, este dia foi sempre um símbolo da luta feminina, e assim deverá continuar a ser. O Dia Internacional da Mulher deve manter-nos unidas e na luta pelo combate à sociedade patriarcal. Nem estudantes nem trabalhadores devem deixar casos de assédio ou violência passar impunes. Estes problemas são estruturais e requerem uma resposta coletiva, de mulheres organizadas, combatendo-os de forma política. A RELL irá juntar-se como bloco à Marcha do 8 de Março, na próxima Quinta-feira, a começar pelas 18h no Terreiro do Paço/Praça do Comércio e a terminar com uma concentração no Rossio. Se siente! Se escucha! Arriba las que luchan! O PATRIARCADO NÃO MANDA AQUI! |
RELLA Resistência Estudantil Luta e Liberdade é uma organização de tendência estudantil de caráter popular, classista, combativo, horizontal e autônomo, pela construção de um movimento estudantil autogestionário que responda às necessidades de luta e resistência contra os ataques os quais as e os estudantes têm sido alvo. Histórico
Janeiro 2021
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